neBem Vindos

"Na Rede" cantinho reservado ao descanso, as reflexões, leituras e divagações. DEITE, BALANCE, RELAXE E APRECIE SEM MODERAÇÃO..vai que nesse balançar você encontre algo que é bacana de ler nesse SEU momento...;)

sábado, abril 30, 2011

Teimosia

E ela é teimosa, não por arrogância, mas por persistência, é teimosa para seguir em frente, mesmo com as quedas, em acreditar novamente nas pessoas, mesmo com as desilusões,em abrir janelas, mesmo com as portas fechadas, em pular, mesmo sem chão, em sorrir, mesmo com as lágrimas, porque ela acredita na magia da Vida, por um único motivo: Ela tem Fé.
Vanessa Castro

quinta-feira, abril 28, 2011

quarta-feira, abril 27, 2011

Oração ao Tempo

"Tempo senhor dos destinos, vou te fazer um pedido, peço movimento preciso, para não me precipitar e nem perder a hora, o que usaremos para isso fica guardado em sigilo"

Vanessa Castro

terça-feira, abril 26, 2011

Família





 Sabe quando a vida da gente relaxa,fica mansinha, e aquele seu melhor  sorriso se abre, onde o abraço possibilita que duas pessoas visitem o mesmo espaço, na mesma sintonia, trazendo o céu mais pertinho, amenizando a dor, ou aumentando as alegrias, quando o amor fala alto, mesmo no silêncio um do outro, quando os olhos revelam verdades, e você se sente confortável pelo riso, pelo abraço, pelo cheiro, pela dança, pela palavra, pelo silêncio, pela fé e todo o resto fica assessório, isso eu chamo de Família. Intuo que Deus manda certinho a família da gente, aquela que divide o caminho, respeita as nossas lágrimas, aumenta o som das nossas gargalhadas, nos ensina passos novos de dança e de vida, e acima de tudo nos mostra que ter coragem é seguir em frente, apesar dos sustos e amarguras, porque mesmo a Vida sendo breve ela pode ser maravilhosamente larga e doce. Assim seja, amém.
Vanessa Castro

Arte



E vez ou outra caio, levanto, corro, páro, caio de novo, preparo outra fornada de coragem, desapego, esperança e sigo. Tive uma conversa séria com o meu coração por esses dias e combinamos que o que nos move é algo muito maior que qualquer tropeço. Não nego que dói, vontade de ficar ali no chão por alguns minutos, segundos ou horas, mas quando olho pra cima, respiro macio, e prossigo. Não tenho respostas, e sinceramente deixei de fazer perguntas, apenas sinto. Acredito que por hoje achei o segredo da arte da Vida: conforto. Conforto de alma, de espírito, de alma. Conforto de ser você mesma, na sua própria companhia e não desistir disso por nada e nem por ninguém. Conforto de sentir paz na dança, no tato, no contato, de estar no presente em todos os sentidos, mesmo que lembranças que gostaria serem inacessíveis passem pela mente. Persisto para que esse conforto seja presente agora e cada vez mais, porque na arte da vida o essencial é sentido não visto. 
Vanessa Castro

quarta-feira, abril 20, 2011

E como bem dizia Marily Moore...

"Se você não sabe lidar com o meu pior, então com certeza, você não merece o meu melhor"
p.s: Definitivamente.

segunda-feira, abril 18, 2011

Que o Deus que brinca em mim convide para brincar o Deus que mora nas pessoas.


"Não quero viver como uma planta que engasga e não diz a sua flor. Como um pássaro que mantém os pés atados a um visgo imaginário. Como um texto que tece centenas de parágrafos sem dar o recado pretendido. Que eu saiba fazer os meus sonhos frutificarem a sua música. Que eu não me especialize em desculpas que me desviem dos meus prazeres. Que eu consiga derreter as grades de cera que me afastam da minha vontade. Que a cada manhã, ao acordar, eu desperte um pouco mais para o que verdadeiramente me interessa.

Não quero olhar para trás, lá na frente, e descobrir quilômetros de terreno baldio que eu não soube cultivar. Calhamaços de páginas em branco à espera de uma história que se parecesse comigo. Não quero perceber que, embora desejasse grande, amei pequeno. Que deixei escapulir as oportunidades capazes de bordar mais alegrias na minha vida. Que me atolei na areia movediça do tédio. Que a quantidade de energia desperdiçada com tantas tolices poderia ter sido útil para levar luz a algumas sombras, a começar pelas minhas.

Que eu abra as minhas asas, ainda que com medo. Que, ainda que com medo, eu avance. Que eu não me encabule jamais por sentir ternura. Que eu me enamore com a pureza das almas que vivem cada encontro com os tons mais contentes da sua caixa de lápis de cor. Que o Deus que brinca em mim convide para brincar o Deus que mora nas pessoas. Que eu tenha delicadeza para acolher aqueles que entrarem na roda e sabedoria para abençoar aqueles que dela se retirarem.

Que, durante a viagem, eu possa saborear paisagens já contempladas com olhos admirados de quem se encanta pela primeira vez. Que, diante de cada beleza, o meu olhar inaugure detalhes, ângulos, leituras, que passaram despercebidos no olhar anterior. Que eu me conceda a bênção de ter olhos que não se fechem ao espetáculo precioso da natureza, há milênios em cartaz, com ou sem plateia. Quero aprender a ser cada vez mais maleável comigo e com os outros. Desapertar a rigidez. Rir mais vezes a partir do coração.

Quero ter cuidado para não soltar a minha mão da mão da generosidade, durante o percurso. E, quando soltá-la, pelas distrações causadas pelo egoísmo, quero ter a atenção para sincronizar o meu passo com o dela de novo. Quero ser respeitosa com as limitações alheias e me recordar mais vezes o quanto é trabalhoso amadurecer. Quero aprender a converter toda a energia disponível às mudanças que me são necessárias, em vez de empregá-la no julgamento das outras pessoas.

Que as dificuldades que eu experimentar ao longo da jornada não me roubem a capacidade de encanto. A coragem para me aproximar, um pouquinho mais a cada dia, da realização de cada sonho que me move. A ideia de que a minha vida possa somar no mundo, de alguma forma." Ana Jacómo

p.s: Meu texto preferido.  
  "Eu tenho medo de altura, mas não evito meus abismos
  São eles que me dão a dimensão do que sou."
 Clarice Lispector 

domingo, abril 17, 2011


"Que as dificuldades que eu experimentar ao longo da jornada
não me roubem a capacidade de encanto." Ana Jacomo

quarta-feira, abril 06, 2011

A TRISTEZA PERMITIDA

Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.

Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.

A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.

Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas.

“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos. Marta Medeiros

segunda-feira, abril 04, 2011

Morte

Pensava que conhecia a morte. De fato a conheci numa tarde de sábado quando jamais pensava em ser apresentada, ela me atropelou sem licença, abruptamente, não pensei, só senti. Dor profunda da ausência, da separação, dor que ultrapassa tudo, que invade, deixa vazio, infinita. Quem passou por tal fato sabe exatamente o que eu estou falando. Árdua busca pela sua interpretação, por ser mistério, tenho a consciência de que está além de minha compreensão, me resta o exercício o diário da aceitação. A única certeza que tenho que na morte a própria Vida se faz manifesta, ao perceber o doce sabor das amizades verdadeiras, algo único, da Família que se revela mais uma vez ser tudo o que significa meu fraterno abraço aos que se fazem sentir sempre independentemente de distância ou circunstância. Em questões de segundos a visão do Mundo muda, um clarão ilumina todas as esquinas da mente, do coração até o dedão do pé, cada pedacinho se torna claro, tão claro a ponto de perceber e sentir-se diferente. Não quero amargura do tempo, desejo que ele amenize a dor e me faça uma pessoa melhor para orgulhar minha família e poder fazer as pessoas que estiverem ao meu lado mais felizes, e se isso acontecer, já terá valido a pena ter passado por aqui...

Vanessa Castro